Textos e reflexões de Rodrigo Meireles

16.3.11

Em que você acredita?

O destino mudou. Corre na internet a notícia de que o horóscopo que praticamente todos conhecem e que muitos consultam para saber de suas próprias variantes pessoais mudou. Isso mesmo, mudou! Um momento, amigo/amiga, reflitamos: ninguém se perguntou à respeito? E os que acreditam, se perguntaram e continuaram acreditando? Os astros não mentem, mesmo que a leitura deles feita seja totalmente equivocada.

Por que encontramos tantas coincidências entre o que diz o horóscopo (seja o velho, seja o novo) e a própria vida? Uma hipótese é que a consciência humana é facilmente sugestionável, sobretudo em virtude da necessidade de autoconhecimento presente no ser humano. Desde sempre, o desejo em conhecer a própria vida e o sentido da própria existência faz parte do ser humano, que tende a buscar as mais variadas respostas para tanto. A história da mitologia e a evolução do saber científico nos mostra isso. No entanto, algumas dessas tentativas de responder ao desejo de autoconhecimento inerente ao ser humano são parciais e nunca foram demonstradas a fundo. É o caso da astrologia, que alimenta a idéia da influência dos astros do universo na determinação dos comportamentos humanos.

Ora, considerando que o universo é um enorme sistema em que cada partícula, por minúscula que seja, está em constante interação com o sistema, é impossível negar que os "astros do céu" não tenham alguma influência sobre nós. O problema é que mesmo um sistema tão complexo, exatamente por ser complexo, não é capaz de evidenciar todas as suas determinações. No entanto, o imaginário humano foi capaz de enxergar no horóscopo e suas constelações tantas particularidades comportamentais que os psicólogos não teriam necessidade de estudar a personalidade para conhecer as variantes do complexo ser humano.

Mas e você, em que acredita?




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