É bem verdade que o homem é um ser social, dado que não pode sobreviver sem uma relação com algo ou alguém para além de si. Há mesmo quem diga que o homem está diretamente implicado com o mundo no qual vive, com suas nuances e peculiaridades; e há ainda quem afirme que o homem vive em meio ao social e cria laços significativos para a sua existência. No entanto, este mesmo homem, dos tempos modernos ao tempo de hoje, tem atravessado grandes mudanças e vivido alguns fenômenos típicos deste período histórico que parecem contradizer (ou paradoxalmente reforçar) a dimensão social de sua existência. Fenômenos como o individualismo e o niilismo são marcas do homem contemporâneo, como já previa Nietzsche nos anos 1800 e como já havia notado Heidegger em meados dos século passado.
O filme dirigido por David Fincher, "A Rede Social", confirma essa caraterização. Curiosamente um filme que narra a aventura de um nerd cuja principal forma de existência é o computador e que cria uma rede social virtual. A "rede social" que ele cria conecta milhões de pessoas de todo o mundo facilitando a troca de informações, mensagens e até de arquivos, a depender dos aplicativos utilizados. O filme "A Rede Social" não é só a história de criação de um site de sucesso, pois retrata a geração dos jovens de hoje, cada vez mais ávidos por informação e cada vez mais ágeis na obtenção de tal informação.
Sem uma análise mais criteriosa, é fácil perceber que estamos sempre mais conectados, todavia, sempre mais presos e dependentes ao computador, que virou amigo de confiança. A rede social de um suposto mundo virtual ganha força com a troca de informações do mundo real, o que me faz afirmar que mesmo o virtual é real. No entanto, o que está em jogo aqui é a dependência que as ferramentas tecnológicas podem exercer sobre a pessoa, uma vez que criam uma nova forma de intermediário na relação interpessoal. A pessoa tende a depender de algum instrumento para estabelecer ou mesmo fortalecer suas relações, pois ela mesma não é capaz de encarar o mundo e o outro de forma direta como forma de se proteger.
Com as diversas redes sociais espalhadas na internet, é possível perceber que se por um lado elas são bastante úteis para aproximar as pessoas, por outro podem ser prejudiciais quando criam dependência ou quando em nada contribuem para o florescimento das relações pessoais no dia-a-dia de cada usuário. Se há quem se conecte para dizer o que está fazendo ou sentindo para as suas centenas de "amigos", há quem se conecte porque não há amigos de fato e o computador é um intermediário na sua relação com mundo. Em suma, mesmo com a expansão das redes sociais na rede mundial de computadores, não há nada que se compare com os contatos pessoais. Facebook, Orkut, MySpace, dentre outras redes, precisam ser espaços bem utilizados, de modo a complementar ou enriquecer o universo pessoal de quem as utiliza. Do contrário, será somente mais uma evidência do crescente (e paradoxal) isolamento do homem de hoje.
Para finalizar, faço o convite para assistir ao filme citado e tirar as próprias conclusões! São muitas as questões que podem ser levantadas sobre este argumento e certamente poderei retomá-las em outras oportunidades. Enquanto isso, você também pode manifestar as suas reflexões clicando no link logo abaixo do trailer.
O filme dirigido por David Fincher, "A Rede Social", confirma essa caraterização. Curiosamente um filme que narra a aventura de um nerd cuja principal forma de existência é o computador e que cria uma rede social virtual. A "rede social" que ele cria conecta milhões de pessoas de todo o mundo facilitando a troca de informações, mensagens e até de arquivos, a depender dos aplicativos utilizados. O filme "A Rede Social" não é só a história de criação de um site de sucesso, pois retrata a geração dos jovens de hoje, cada vez mais ávidos por informação e cada vez mais ágeis na obtenção de tal informação.
Sem uma análise mais criteriosa, é fácil perceber que estamos sempre mais conectados, todavia, sempre mais presos e dependentes ao computador, que virou amigo de confiança. A rede social de um suposto mundo virtual ganha força com a troca de informações do mundo real, o que me faz afirmar que mesmo o virtual é real. No entanto, o que está em jogo aqui é a dependência que as ferramentas tecnológicas podem exercer sobre a pessoa, uma vez que criam uma nova forma de intermediário na relação interpessoal. A pessoa tende a depender de algum instrumento para estabelecer ou mesmo fortalecer suas relações, pois ela mesma não é capaz de encarar o mundo e o outro de forma direta como forma de se proteger.
Com as diversas redes sociais espalhadas na internet, é possível perceber que se por um lado elas são bastante úteis para aproximar as pessoas, por outro podem ser prejudiciais quando criam dependência ou quando em nada contribuem para o florescimento das relações pessoais no dia-a-dia de cada usuário. Se há quem se conecte para dizer o que está fazendo ou sentindo para as suas centenas de "amigos", há quem se conecte porque não há amigos de fato e o computador é um intermediário na sua relação com mundo. Em suma, mesmo com a expansão das redes sociais na rede mundial de computadores, não há nada que se compare com os contatos pessoais. Facebook, Orkut, MySpace, dentre outras redes, precisam ser espaços bem utilizados, de modo a complementar ou enriquecer o universo pessoal de quem as utiliza. Do contrário, será somente mais uma evidência do crescente (e paradoxal) isolamento do homem de hoje.
Para finalizar, faço o convite para assistir ao filme citado e tirar as próprias conclusões! São muitas as questões que podem ser levantadas sobre este argumento e certamente poderei retomá-las em outras oportunidades. Enquanto isso, você também pode manifestar as suas reflexões clicando no link logo abaixo do trailer.
É um ótimo filme, mas apesar disso pega muito leve com o fato do criador do Facebook, Mark Zuckerberg ter enganado o judeu brasileiro Eduardo Saverin, o cara que financiou a criação do sítio eletrônico e depois foi manipulado a assinar documentos abrindo mão da sociedade. O fato do Eduardo ser brasileiro sequer é citado no filme.
ResponderExcluirEstou lendo o livro do Ben Mezrich "The Accidental Billionaires", que serviu de base para o roteiro do filme, é bem mais detalhado (como sempre)...
Parabéns pelo blog Hésed, sempre visito e gosto bastante do layout.
Obrigado David!
ResponderExcluirDe fato, antes e durante o filme eu nem sabia que Eduardo Saverin fosse brasileiro. Passei a saber desse detalhe em outras interessantes publicações sobre o filme.
De todo modo, chama-me a atenção a reflexão social que pode ser realizada a partir dessa produção, pois nos coloca diante do fenômeno da suposta integração social virtual.
Um grande abraço e feliz 2011!