Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se em um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…
Fonte: QUINTANA, Mário. Esconderijo do tempo. Porto Alegre: L&PM, 1980.
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se em um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhoso espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…
Fonte: QUINTANA, Mário. Esconderijo do tempo. Porto Alegre: L&PM, 1980.
Parabéns pelo seu post, eu sou suspeito em comentar a respeito, tendo em vista que sou fã incondicionalmente desse saudoso Poeta Gaúcho de Grande Nome: Mário Quintana!
ResponderExcluirObrigado, Charles! Também sou fã de Mário Quintana e já tem alguns anos que admiro o estilo deste poeta. Gosto de "pensar a poesia poetando" e Quintana faz isso com maestria.
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