Textos e reflexões de Rodrigo Meireles

20.8.10

Suavemente

A folha
amarela
caiu
na minha cabeça


Pousou
amarela
a folha
em cima de mim


Soprou
amarelo
o vento
levando a folha


Planou
amarela
a folha
que caiu do outono


Encontrou
amarela
suas irmãs amarelas
no chão que aterrisou


Rasgou-se
amarela
após um tempo
e foi-se de vez



Poema selecionado para a coletânea do IX Prêmio Ideal Clube de Literatura (2006).

2 comentários:

  1. Estou com folhas, que eram amarelas, tais quais essas, para envernizar.
    Parabéns pelo poema.

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  2. Maravilha, Maria! Essas folhas continuarão a eternizar cada momento de nossas vidas em seu ciclo interminável de morte e vida, vida e morte.

    Obrigado pela manifestação!

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